terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Rússia vai se endurecer contra religião islâmica


Rússia vai se endurecer contra religião islâmica
Theodore Shoebat
Comentário de Julio Severo: O artigo a seguir foi publicado no site Shoebat, cujos textos são publicados também no WND, que é de longe meu site favorito em inglês.
A recente série de ataques terroristas que ocorreram na Rússia, em que dezenas de pessoas foram mortas, são acontecimentos que só estão aumentando a já crescente tensão da Rússia contra o islamismo, e também representa que uma inquisição religiosa [da Igreja Ortodoxa] será imposta na heresia de Maomé.
Ônibus destruído por ataque terrorista islâmico na Rússia
De acordo com o jornal Izvestiya, que é a favor do governo russo, autoridades de segurança da Rússia ambicionam impor certas medidas para controlar a imigração descontrolada, e também impor monitoração nas mulheres que se converteram ao islamismo.
Kirill Benediktov, analista de política russa, atribuiu o ataque terrorista ao apoio da Arábia Saudita ao wahabismo na Rússia:
“Não há dúvida de que os governos salafistas do Golfo Pérsico, principalmente a Arábia Saudita, têm apoiado o terrorismo islâmico na Rússia… A Rússia é agora forte o suficiente para retribuir as medidas hostis para os governos que vêm utilizando a quinta coluna Wahhabi, a fim de desestabilizar a situação no nosso país.”
Galina Khizreyeva, especialista em guerra santa islâmica no Instituto de Estudos Estratégicos da Rússia, foi mencionada pelo popular jornal Moskovskiy Komsomolets, como afirmando que deve-se aprovar leis contra o wahabismo:
“Os terroristas têm uma nova estratégia de envolver os russos na realização de ataques terroristas para mostrar que os russos estão descontentes com as autoridades. Esse problema deve ser resolvido em nível federal. É necessário aprovar leis o mais rápido possível para ajudar a deter o extremismo e o wahabismo, que resultam em terrorismo.”
Nunca nos esqueçamos de que os ataques na Rússia têm a intenção de matar os cristãos.
Aleksandr Grishin, escritor e patriota russo, defendeu a medida governamental de prender, não apenas os terroristas, mas todos os seus familiares também:
“Estamos ficando sem escolha, além de declarar tolerância zero em relação aos terroristas e membros das suas famílias… Não deve haver concessões do Estado aos familiares dos bandidos. Quem estava ciente dos preparativos para um ataque terrorista, mas não informou os órgãos de segurança, deve ser preso… Deve haver uma sentença de prisão perpétua para o terrorismo, a pena de morte para os organizadores.”
Todos estes sentimentos, e os relatos de planos de medidas governamentais focados em certos muçulmanos (especialmente mulheres convertidas), são prenúncios de uma futura imposição significativa de penalidades na religião islâmica. Agora, para deixar ainda mais claros os sinais que mostram uma futura supressão do islamismo, há vários eventos que ocorreram pouco antes dos recentes ataques terroristas.
No início deste mês, escrevi sobre como a cidade de Moscou decretou que os muçulmanos não podiam mais construir mesquitas. O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, declarou enfaticamente:
“Nenhuma nova licença de construção será dada. Eu acho que Moscou tem mesquitas suficientes.”
O mesmo prefeito disse em um programa de rádio:
“Os moscovitas estão ficando irritados com pessoas que falam uma língua diferente, têm costumes diferentes, e mostram um comportamento agressivo. Essa não é uma questão puramente étnica, mas está ligada a algumas características étnicas.”
Além disso, adicione a isso o fato de que apenas alguns dias antes desses ataques terroristas ocorrerem, o Patriarca Kirill, que preside a Igreja Ortodoxa da Rússia, expressou sua preocupação e ilustrou sua visão sobre o Islamismo na Rússia:
“O aumento do número de migrantes, principalmente da Ásia Central e do Cáucaso, em Moscou aumentou o risco de conflitos étnicos.”
Ele também disse que muitos muçulmanos com mentalidade de guerra santa “são recrutados por organizações extremistas e terroristas, às vezes mesmo em Moscou,” e ele também acrescentou sua preocupação sobre a construção de mesquitas e os sentimentos anticristãos entre os muçulmanos:
“Os radicais são extremamente negativos para com a fé ortodoxa: eles mataram seis sacerdotes ortodoxos, inclusive o padre de Moscou Daniil Sysoyev, nos últimos 15 anos… A criação de um ambiente favorável sobre a questão da construção de mesquitas no território onde predomina uma população ortodoxa depende diretamente das relações étnicas em cada lugar específico, o nível de criminalidade étnica e terrorismo.”
O Patriarca, que é muito influente, disse que esperava que Moscou se expurgasse dos “enclaves de ilegalidade, que os problemas da imigração ilegal e do comportamento imprudente de alguns migrantes sejam resolvidos, que as atividades de alguns sabotadores e extremistas sejam controladas.”
Todos estes sinais são indícios de que a supressão do islamismo sob as mãos do Estado irá acontecer.
Traduzido por Alfa Luís (com revisão de Julio Severo) do artigo do site Shoebat: Russia Will Get Tougher On Islamic Religion
Leitura recomendada:

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

(Vídeos) - Fitna: a ameaça do islamismo radical (Cenas muito forte de violência islâmica)

Fitna: a ameaça do islamismo radical

Apresentamos aqui o vídeo “Fitna”, do deputado holandês Geert Wilders. Embora seus esclarecimentos sobre o islamismo sejam muito importantes, deixamos claro que não concordamos com algumas das posições morais ou espirituais dele.

Fitna, parte 1, dez minutos
 




Fitna, parte 2, seis minutos


 
 
Fonte:

Sudão: uma lição de genocídio anticristão

Sudão: uma lição de genocídio anticristão

Julio Severo
Nasceu na África o Sudão do Sul, que teve sua independência e soberania formalmente reconhecidas em 9 de julho de 2011. Não foi uma guerra contra os chamados colonizadores europeus que libertou a nova nação africana de uma dominação cruel. Na verdade, o povo Sudão do Sul, composto por animistas e cristãos, estava oprimido pelos sudaneses muçulmanos do Norte.
Bandeira do Sudão do Sul, o mais novo país da comunidade inernacional
Mais de um milhão e meio de sudaneses foram mortos durante os anos em que os sudaneses muçulmanos estavam determinados a matar, estuprar e escravizar seus compatriotas cristãos e animistas do Sul. A imprensa mundial fala de um grande número de mortos como resultado de uma guerra, como se muçulmanos e cristãos tivessem lutado uns contra os outros em igualdade de atrocidades, escravidão e crucificações.
Entretanto, o genocídio que foi cometido não foi contra os muçulmanos. Os autores desse genocídio não são cristãos.
A ONU quase nada fez para incomodar os muçulmanos do Norte do Sudão, a não ser oferecer condenações diplomáticas capazes de fazer qualquer ditador bocejar. Os mais de um milhão de sudaneses mortos são o monumento da inutilidade da ONU na proteção dos direitos humanos dos inocentes. A Missão Portas Abertas tem um registro público da perseguição aos cristãos no Sudão.
A ONU, que se gaba de se preocupar com os direitos humanos de meninas e mulheres, não interveio enquanto milhares delas estavam sendo estupradas no Sudão. As feministas ocidentais também não abriram a boca. Será que há uma exceção para homens muçulmanos que estupram?
Em pleno século XX e XXI, a escravidão descarada dos sudaneses muçulmanos contra os cristãos e animistas foi praticada bem debaixo do nariz da ONU e das nações. Os oportunistas que dizem lamentar a escravidão do passado mal levantaram um dedo para deter a escravidão bem nos dias de hoje.
O governo dos Estados Unidos, que intervém em qualquer país com a desculpa gasta de proteger direitos humanos, nunca invadiu o Sudão para impedir o genocídio que virou história.
Mesmo que os americanos tivessem invadido, é pouco provável que os cristãos escapariam de massacres. Para proteger seus próprios interesses, o governo dos EUA tem uma política de não incomodar os muçulmanos. Assim, por onde passam as forças militares americanas, os muçulmanos se sentem à vontade para perseguir os cristãos com mais liberdade. Esse foi o caso do Iraque e do Afeganistão. Depois que os americanos invadiram esses países, a minoria cristã iraquiana e afegã ficou muito mais à merce da violência islâmica do que antes.
No caso do Sudão, muitos cristãos foram martirizados, até mesmo com crucificações literais, porque aparentemente as bestas islâmicas achavam que ninguém os incomodaria. De fato, a OTAN não jogou nenhuma bomba nos muçulmanos do Norte. E mesmo que americanos tivessem invadido o Sudão, que benefício os pobres cristãos negros teriam?
Contudo, a ONU, os EUA, a Europa e outros fariam vista grossa se o caso fosse inverso? E se um milhão de muçulmanos corresse perigo de ser massacrado por cristãos, com centenas de crianças e mulheres muçulmanas sob risco de estupros e escravidão?
Será que a ONU, os EUA, a Europa e outros esperariam, sentados em suas poltronas confortáveis, a concretização cruel de um genocídio contra os muçulmanos para iniciar uma burocrática solução diplomática?

Mulher cristã do Paquistão sentenciada à morte

Mulher cristã do Paquistão sentenciada à morte
Matthew Cullinan Hoffman
ITAN WALI, Paquistão, 19 de novembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Uma mulher cristã paquistanesa está enfrentando a morte depois de ser condenada sob uma Lei contra Blasfêmia do Paquistão, após defender sua fé contra um grupo de muçulmanas que a insultaram por suas convicções cristãs.
Asia Bibi, trabalhadora rural de 45 anos e mãe de três filhos, estava trabalhando nos campos de sua pequena cidade de Itan Wali na região do Punjab do Paquistão em 2009 quando a mão dela tocou a água que era para os trabalhadores beberem. As mulheres muçulmanas que estavam trabalhando com ela então se recusaram a beber a água, dizendo que havia sido contaminada pelo toque de uma cristã. Alguns relatos indicam que o grupo vinha por algum tempo pressionando Asia a abandonar o Cristianismo.
No argumento que se seguiu, Asia, de acordo com as reportagens, defendeu sua fé, embora haja duas versões da natureza exata das declarações dela. As mulheres muçulmanas afirmam que ela insultou Maomé, declarando que ele havia morrido “com vermes na boca”. Contudo, os que defendem Asia dizem que ela jamais cometeu insulto algum, mas em vez disso defendeu sua fé em Cristo, afirmando que ele havia morrido pelos pecados da humanidade e ressuscitado dos mortos, enquanto Maomé não.
Depois que as mulheres se queixaram para um imam local, Quari Salim, o clérigo entrou com uma ação judicial contra Asia por “blasfêmia”, e ela foi mandada para a prisão para enfrentar julgamento. Um ano e três meses mais tarde, em 7 de novembro, ela foi sentenciada a enforcamento por seu “crime”, e a pagar uma multa equivalente ao salário de dois anos e meio para um trabalhador sem qualificação.
Um grupo de cidadãos de Itan Wali disse para a CNN que todos eles apoiam a sentença de morte contra Asia, e Quari disse para a agência noticiosa que a sentença de morte dela foi “um dos momentos mais felizes da vida dele”, de acordo com o entrevistador.
“Lágrimas de alegria jorraram dos meus olhos”, disse o imam durante a entrevista gravada em vídeo.
Entretanto, nem todos os muçulmanos paquistaneses estão de acordo com essa avaliação. Salmaan Taseer, governador do Punjab, disse para o serviço noticioso AsiaNews numa entrevista que ele considera a sentença de morte de Asia Bibi como “um episódio vergonhoso. É uma vergonha para o Paquistão”, e ele garantiu à agência que o procedimento de recursos reverteria a sentença.
O acadêmico islâmico Asghar Ali Engineer concorda, dizendo que “Precisamos salvar a vida de Asia Bibi” e afirmando que “É urgentemente necessário lançar uma campanha sustentada por líderes e governos que defendem os direitos humanos… Não devemos permanecer de boca fechada”.
“No Paquistão, está se tornando cada vez mais evidente, como no caso de Asia, que as leis contra blasfêmia se tornaram instrumentos convenientes nas mãos de qualquer indivíduo que escolhe fazer as minorias de alvo”, o professor Asghar disse para AsiaNews. “A Lei contra Blasfêmia não é islâmica e foi introduzida para legitimar o governo do ditador General Ziaul-Haq, e faz pouco para ter conexão com os padrões de doutrina ou evidência do direito islâmico clássico”.
Além dos cristãos paquistaneses locais, organizações internacionais e até o papa se envolveram no movimento para libertar Asia Bibi.
“A comunidade internacional está acompanhando com grande preocupação a difícil situação dos cristãos no Paquistão, muitas vezes vítimas de violência e discriminação”, disse o Papa Bento numa recente declaração com relação ao caso. “Rezo por aqueles que estão em situações semelhantes para que sua dignidade humana e seus direitos fundamentais sejam plenamente respeitados”, ele acrescentou, também mencionando sua “proximidade espiritual” a Asia.
Embora seja possível que Asia acabe sendo absolvida e sua sentença anulada por um tribunal superior, isso poderá fazer pouco para protegê-la da sentença de morte que ela já recebeu.
Conforme reportagens, em anos recentes mais de 30 pessoas que foram acusadas de violar a Lei contra Blasfêmia do Paquistão foram ou assassinadas na prisão ou mortas depois de serem absolvidas e soltas.
Milhares de indivíduos e organizações estão fazendo petições ao presidente do Paquistão, Asif Zardari, para garantir recursos legais adequados para Asia e decretar um perdão se necessário.
Informações de contato:
President Asif Zardari
publicmail@president.gov.pk
O site pró-vida da Espanha HazteOir recomenda [que se mande ao presidente do Paquistão] o seguinte texto em inglês:
Mr. President:
With all due respect, I wish to express my concern about the persecution that Christians are suffering in Pakistan, especially following the approval of the anti-blasphemy law.
I know, Mr. President, that your intention is to contain terrorism and radicalism of minority sectors of the population against the Christian community.
In this sense, please pardon Asia Bibi. A Presidential pardon would reflect your interest and that of your country to respect and defend freedom of conscience.
Tradução da mensagem ao presidente do Paquistão:
Sr. Presidente:
Com todo o respeito devido, desejo expressar minha preocupação com a perseguição que os cristãos estão sofrendo no Paquistão, principalmente depois da aprovação da lei anti-blasfêmia.
Sei, Sr. Presidente, que sua intenção é conter o terrorismo e o radicalismo de setores minoritários da população contra a comunidade cristã.
Nesse sentido, por favor perdoe Asia Bibi. Um perdão presidencial refletiria seu interesse e o interesse do seu país para respeitar e defender a liberdade de consciência.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesite.net/ldn/viewonsite.html?articleid=10111903
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Único ministro governamental cristão do Paquistão é morto a tiros por extremistas islâmicos

Único ministro governamental cristão do Paquistão é morto a tiros por extremistas islâmicos
ISLAMABAD, Paquistão, 2 de março de 2011 (Notícias Pró-Família) — O único ministro governamental cristão do Paquistão, Shahbaz Bhatti, foi morto a tiros por extremistas muçulmanos em aparente retaliação por se opor à “lei anti-blasfêmia” do país, de acordo com reportagens da mídia internacional.
Shabaz Bhatti foi assassinado a tiros em seu carro por suas convicções cristãs.
Bhatti, que era o ministro das Minorias, estava dirigindo seu carro para trabalhar na capital de Islamabad hoje quando um homem armado deu uma rajada de balas no carro dele, matando-o. No local, foram deixados folhetos avisando outros que o mesmo destino os aguardaria se eles se opusessem à lei anti-blasfêmia, uma lei que os críticos dizem é usada para perseguir minorias religiosas. Em sua reportagem, a Reuters disse que o Talibã do Paquistão assumiu responsabilidade pelo assassinato.
O assassinato de Bhatti ocorre depois do assassinato em janeiro de Salman Taseer, o governador do estado do Punjab, também cometido por militantes islâmicos, e também por condenar a lei anti-blasfêmia do país. No clima de medo depois do assassinato, Bhatti era o único dos poucos ministros governamentais que havia publicamente condenado o assassinato de Taseer. Depois do assassinato de Taseer, o presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, recuou em seus planos para reformar a lei anti-blasfêmia.
Numa gravação de vídeo de uma entrevista divulgada pelo jornal Telegraph, Bhatti disse que havia sido ameaçado pelo Talibã e outros extremistas islâmicos, mas disse que estava pronto para morrer para proteger os direitos dos cristãos. “Estou seguindo a cruz, e estou pronto para morrer por uma causa. Estou vivendo por minha comunidade e povo que sofre, e eu morrerei para defender os direitos deles”, disse ele.
A controvérsia sobre a lei anti-blasfêmia foi provocada pela recente condenação de Asia Bibi, uma mulher cristã que foi acusada de blasfêmia depois de defender suas convicções religiosas contra os insultos de várias mulheres em sua vila de maioria muçulmana. A condenação dela provocou uma indignação internacional e levou a reivindicações para que se revogasse ou reformasse a lei.
O assassinato de Bhatti é o terceiro assassinato de uma importante personalidade política cometido por extremistas islâmicos em anos recentes. O primeiro foi Benazir Bhutto, líder do governista Partido do Povo, em 2007.
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Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/pakistans-only-christian-official-shot-dead-by-islamic-extremists
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500 intelectuais islâmicos apoiam assassinato de governador paquistanês que se opôs à lei contra blasfêmia

500 intelectuais islâmicos apoiam assassinato de governador paquistanês que se opôs à lei contra blasfêmia
ISLAMABAD, Paquistão, 5 de janeiro de 2011 (Notícias Pró-Família) — O governador do estado do Punjab, no Paquistão, foi assassinado por um extremista islâmico ontem por denunciar a lei anti-blasfêmia do governo. Em novembro uma mulher cristã, Asia Bibi, foi sentenciada a ser executada sob a lei por ter defendido sua fé contra insultos lançados por muçulmanas no mesmo estado.
Mumtaz Qadri
O governador Salman Taseer levou um tiro de um de seus próprios guardas de segurança, Mumtaz Qadri, de 26 anos, que disse que estava indignado com o fato de que o governador se opunha à lei anti-blasfêmia. Em semanas recentes, extremistas islâmicos têm protestado contra uma proposta do governo de introduzir uma emenda na lei, a qual alega-se tornou-se um instrumento para perseguir minorias religiosas.
Embora o governo do Paquistão tenha denunciado o assassinato, um grupo de 500 intelectuais muçulmanos anunciou uma declaração explícita apoiando o assassinato de Taseer. Durante as audiências iniciais no tribunal, um grande número de apoiadores beijou Qadri e lançou sobre ele uma chuvarada de flores.
“Nós prestamos rico tributo e saudamos a bravura, o heroísmo e a fé de Mumtaz Qadri”, declarou o grupo Jamaat-e-Ahl-e-Sunnat numa declaração anunciada hoje na imprensa. Eles acrescentaram que “não deve haver nenhuma expressão de tristeza ou simpatia pela morte do governador, pois os que apoiam a blasfêmia contra o Profeta [Maomé] estão se entregando a blasfêmias”.
Grupos extremistas islâmicos realizaram uma manifestação nacional para protestar contra um projeto de lei para cancelar a lei anti-blasfêmia, muito embora o partido da situação no Paquistão tenha renunciado aos planos de seguir em frente com isso. Os grupos também exigiram a execução de Bibi, que sofreu detenção em 2009 depois de defender sua fé contra mulheres muçulmanas que ela disse estavam zombando dela por causa do Cristianismo dela. Ela nega ter insultado Maomé.
Embora as autoridades mais elevadas do Paquistão tenham admitido que a sentença contra Asia é injusta, o Supremo Tribunal deu a decisão de que ela não pode ser perdoada até que se finalize o processo de apelações.
Líderes religiosos muçulmanos extremistas ameaçaram organizar protestos em todo o Paquistão contra o governo se Bibi não for executada. Um líder religioso chegou a oferecer uma recompensa de mais de 5.000 dólares pela morte dela. Analistas temem que o conflito poderia desestabilizar ainda mais a única potência nuclear islâmica do mundo, um país que tem um número estimado de 80 armas atômicas.
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“Estou pronto para morrer” diz ministro governamental cristão paquistanês assassinado em entrevista antes do assassinato


“Estou pronto para morrer” diz ministro governamental cristão paquistanês assassinado em entrevista antes do assassinato

3 de março de 2011 (Notícias Pró-Família) — O único ministro governamental cristão do Paquistão, que foi assassinado por extremistas islâmicos ontem, falou sobre sua possível morte e ofereceu seus sofrimentos em favor da proteção dos cristãos e outras minorias religiosas da nação, numa entrevista de vídeo feita antes de sua morte. (Para assistir à entrevista, siga este link: http://www.youtube.com/watch?v=4sege2g6SMQ)



Shahbaz Bhatti, católico e Ministro das Minorias do Paquistão, estava falando no final de uma entrevista numa data não especificada antes de seu assassinato, quando lhe perguntaram: “Sua vida está sendo ameaçada. Por quem? E que tipo de ameaças você está recebendo?”
“As forças da violência, organizações militantes, o Talibã e a Al-Qaida. Eles querem impor sua filosofia radical no Paquistão. E quem permanecer contra a filosofia radical deles, eles o ameaçam”, respondeu Bhatti. “Quando lidero esta campanha contra as leis xaria, para abolir a lei anti-blasfêmia e defender os oprimidos e cristãos perseguidos marginalizados e outras minorias, esses Talibãs me ameaçam”.
A “lei anti-blasfêmia” do Paquistão, à qual Bhatti se opunha publicamente, é usada como uma ferramenta pelos muçulmanos para intimidar e perseguir os cristãos e outras minorias religiosas.
“Mas quero compartilhar que creio em Jesus Cristo, que deu sua vida por nós. Sei qual é o significado da cruz, e estou seguindo a cruz, e estou pronto para morrer por uma causa”, continuou Bhatti.
“Estou vivendo por minha comunidade e povo que sofre, e morrerei para defender os direitos deles. Portanto, essas ameaças e esses avisos não poderão mudar minha opinião e princípios. Prefiro morrer por meus princípios e pela justiça de minha comunidade a fazer concessões a essas ameaças”, concluiu ele.
Ontem de manhã, a oferta de Bhatti se cumpriu quando ele dirigia seu carro para o trabalho, sem guarda-costas, apesar dos riscos que ele havia assumido ao se opor aos extremistas islâmicos no Paquistão. Ele foi morto a tiros por homens que deram uma rajada de balas em seu carro, então deixaram folhetos avisando que outros que se opõem à lei anti-blasfêmia teriam o mesmo fim.
De acordo com as reportagens, ao que tudo indica os atiradores estão ligados ao Talibã e à al-Qaida.
Num artigo publicado hoje, Orla Guerin da BBC recontou uma chamada telefônica que ela havia recebido de Bhatti, que havia sido informado por forças de segurança, logo antes de sua morte, que havia um complô de assassinato contra a vida dele. Ele disse que apesar da ameaça, não houve nenhuma aumento na segurança.
“Disseram que há um complô terrorista para me assassinar”, disse ele. “Disseram-me que eu tinha de tomar cuidado, mas não me disseram nada mais. Não me deram nenhuma segurança extra. Estou com a mesma segurança que tenho desde que me tornei ministro”.
Em sua reportagem, Guerin diz que “embora a voz dele parecesse cansada, o compromisso do ministro era inabalável”.
“Tenho lutado por um longo tempo por justiça e igualdade”, disse ele. “Se eu mudar minha postura hoje, quem abrirá a boca para falar? Estou consciente de que posso ser assassinado a qualquer momento, mas quero viver na história como um homem corajoso”.
Para se comunicar com o governo do Paquistão e expressar sua preocupação, dirija-se a:
Embaixada do Paquistão no Brasil
(República Islâmica)
SHIS QL 12 - conj. 2 - casa 19
71630-225 - Brasília/DF
Tel: (61) 3364-1632/1634
Fax: (61) 3248-0246
E-mail: parepbrasilia@yahoo.com
Embaixada do Paquistão em Portugal
Endereço : Rua António Saldanha, 46
1400-021 Lisboa
Tel : 213 009 070
Fax : 213 013 514
E-mail: parep.lisbon.1@mail.telepac.pt
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Muçulmanos são os líderes mundiais em perseguição aos cristãos

Muçulmanos são os líderes mundiais em perseguição aos cristãos

9 dos 10 piores agressores seguem leis islâmicas

Michael Carl
Nove das 10 nações que mais perseguem cristãos seguem principalmente a lei islâmica, e a “Primavera Árabe” que percorre partes do norte da África gerou um surto de repressão, de acordo com relatório publicado pela organização Open Doors (Portas Abertas).
O país restante da lista dos 10 é a Coréia do Norte, liderada por um regime comunista fanático que considerava os seus dois antigos líderes como deuses.
Os 10 classificados pelo relatório este ano são, na ordem, Coréia do Norte, Afeganistão, Arábia Saudita, Somália, Irã, Maldivas, Uzbequistão, Iêmen, Iraque e Paquistão.
Segundo o relatório, chamado World Watch List, os maiores avanços na perseguição de cristãos vieram de dois países africanos no calor da “Primavera Árabe”. O Sudão subiu da posição 35 para 16, e a Nigéria subiu de 23 para o 13.
Os resultados do relatório, de acordo com o presidente do escritório americano da Open Doors, Carl Moeller, podem ser atribuídos ao extremismo islâmico.
Moeller afirma que: “De acordo com nossa pesquisa, a tendência está na Nigéria, no Sudão, por toda aquela região da África, onde o extremismo do norte pretende pressionar os cristãos e animistas do sul. Estamos vendo muita violência, e a Nigéria é um grande exemplo disso. O sul do país é praticamente todo cristão, evangélico, pentecostal, bastante vigorosos no seu cristianismo”.
Moeller diz ainda que o norte do país é completamente diferente.
“O norte é dominado politica e religiosamente por elementos extremistas caracterizados pelo grupo radical Boko haram”.
Esse nome, que vem de uma região da Nigéria que viu aumentar a violência anticristã, significa "a educação ocidental é um pecado”.
A rejeição ao Ocidente parece total para os membros desse grupo, segundo Moeller.
“O Boko Haram, em pleno Natal, bombardeou cinco igrejas na Nigéria, e há poucos dias explodiu bombas na cidade de Kano, onde diversas áreas estão em estado de emergência”, acrescenta.
Moeller acredita que a maioria dos muçulmanos não aspira à violência.
“Há um grande debate dentro do próprio islã. Ainda há vários estudos abrangentes que indicam que a grande maioria dos muçulmanos não possuem perspectivas violentas. Isso ocorre no Ocidente e em todos os outros lugares. Milhões de muçulmanos são capazes de viver em paz com seus vizinhos de outras religiões pelo mundo” observa Moeller.
No entanto, o problema é quem parece estar guiando o movimento.
“A forma como as ideias muçulmanas são propagadas pelo mundo está em sua maioria nas mãos dos extremistas. São eles que clamam fidelidade aos ensinamentos de Maomé e do Corão. Ao fazer isso, eles se posicionam como verdadeiros crentes do islã, e isso é um forte argumento para aqueles que querem ser fieis à sua herança religiosa”, afirma Moeller.
O extremismo está crescendo como uma proporção do islã mundial.
“Estamos vendo a natureza dos atos de violência se tornando mais extremos e mais difundidos. Há uma ou duas décadas atrás, ela era bastante limitada a homens-bomba no centro do Oriente Médio, da Palestina e alguns outros lugares. Hoje estamos vendo ataques de homens-bomba na Ásia, na Indonésia, na África, na Nigéria, por todo o mundo, e isso é preocupante para todos os cristãos que vivem nesses países”, afirma Moeller.
Embora concorde com os números da perseguição, a editora do site Atlas Shrugs questiona a questão do extremismo.
“O que o Dr. Moeller chama, na melhor das intenções, de ‘extremismo’ é na verdade o comportamento islâmico predominante”, afirma Geller.
“Ele é sancionado, e mesmo estimulado pelo Corão e por Maomé. Os ‘extremistas’ são na verdade os muçulmanos que ousam ser pacíficos”, afirma.
Moeller diz que há uma tendência visível que se segue a um aumento da população muçulmana de qualquer país.
“Vemos claramente que em lugares onde a educação islâmica é dominante, o extremismo tende a ser mais popular. Podemos ver as revoluções que aconteceram no ano passado como um exemplo disso. Derrubar um ditador é maravilhoso, e como americanos na nossa liberdade, ecoamos isso. A grande questão no momento é pelo que esses ditadores estão sendo substituídos, pois parece que o islamismo radical está saindo na vantagem em todas as eleições e em todas as novas formações de governo que estão acontecendo no norte da África. O Egito, por exemplo, pode em breve estar sob controle da Irmandade Islâmica, uma organização cujo propósito é criar um califado mundial, uma sociedade muçulmana. Em 2012, talvez vejamos uma transição para o extremismo apoiado pelo governo, e isso também é preocupante”, afirma Moeller.
Jonathan Racho, do International Christian Concern, uma organização cristã de direitos humanos, diz que concorda com as conclusões do relatório sobre o aumento da perseguição.
“Como se pode ver no relatório, a perseguição de cristãos acontece em sua maioria nos países islâmicos”, afirma. “A perseguição de cristãos está piorando, e o mundo precisa estar atento a esse problema”.
Os países de 11 a 20 na classificação são Eritréia, Laos, Nigéria, Mauritânia, Egito, Sudão, Butão, Turcomenistão, Vietnã e Chechênia, também dominados por interesses muçulmanos.
Os “aliados” dos EUA que estão entre os 50 países que mais perseguem cristãos são China, Kuwait, Turquia e Índia.
O relatório aponta que na Coréia do Norte, a população cristã entre 200.000 e 400.000 continua na completa clandestinidade, enquanto que outros 50.000 a 70.000 estão em “terríveis campos de trabalhos forçados”.
Segundo Moeller, “Como a morte de Kim Jong-il no mês passado e a sucessão do seu filho Kim Jong-Un irão afetar a condição dos cristãos na Coréia do Norte é difícil de determinar ainda tão cedo. Certamente a situação para os crentes continua perigosa.
Ser um cristão árabe ou praticar o cristianismo secretamente em um país dominado pelo islamismo é um desafio enorme. Os cristãos geralmente são perseguidos por extremistas, pelo governo, pela comunidade e até pelas próprias famílias. Como reflete o relatório World Watch List publicado este ano, a perseguição de cristãos nesses países muçulmanos continua a crescer. Embora muitos tivessem achado que a Primavera Árabe traria mais liberdade, incluindo a liberdade religiosa para as minorias, é certo que isso ainda não foi o caso”.
O relatório afirma que mais de 300 cristãos foram mortos por sua fé na Nigéria no ano passado, embora se acredite que o número real seja o dobro ou o triplo disso.
Ele afirma ainda que a China possui a maior igreja perseguida, com 80 milhões de membros, mas sua posição caiu dos principais 20 este ano para a posição 21. No ano passado o país estava em 16. Isso se deve em grande parte ao fato de os pastores de igrejas domésticas terem aprendido a brincar de “gato e rato” com o governo.
A lista é baseada em um questionário desenvolvido pela Open Doors para medir o grau de perseguição em mais de 60 países. Os questionários são preenchidos pela equipe da Open Doors atuando nos países, e então cruzados com a ajuda de especialistas independentes para chegar a uma pontuação numérica por país. Os países então são classificados de acordo com a pontuação.
Tradução: Luis Gustavo Gentil
Fonte em português: www.juliosevero.com

Como a mídia encobre a perseguição muçulmana aos cristãos

Como a mídia encobre a perseguição muçulmana aos cristãos
Raymond Ibrahim
Quando se trata da perseguição dos cristãos pelos muçulmanos, os principais meios de comunicação apresentam um longo histórico de obscurecimento da realidade. Embora possam finalmente apresentar os dados reais - se é que chegam a relatar a história, o que é raro - eles o fazem após criarem e sustentarem uma aura de relativismo moral que minimiza o papel desempenhado pelos muçulmanos.

Falsa equivalência moral

Uma das maneiras mais óbvias é evocar a “disputa sectária” entre muçulmanos e cristãos, frase que apresenta a imagem de dois adversários igualmente competitivos - e igualmente abusados e abusivos - lutando um contra o outro. Isso dificilmente corresponde à realidade das maiorias muçulmanas perseguindo os cristãos passivos amplamente minoritários.
Cristão copta sendo surrado por muçulmanos
Recentemente, por exemplo, no contexto do bem documentado sofrimento dos cristãos no Egito, um repórter da NPR declarou: “No Egito, tensões crescentes entre muçulmanos e cristãos têm levado a casos de violência esporádica [iniciados por quem?]. Muitos egípcios atribuem as disputas inter-religiosas a vândalos [quem?], que se aproveitam da ausência ou da fraqueza das forças de segurança. Outros crêem que os atos de violência são devidos a uma desconfiança profundamente sedimentada entre os muçulmanos e a comunidade minoritária cristã [como foi que essa “desconfiança” teve origem?]”. Embora a reportagem tenha dado ênfase aos casos nos quais os cristãos foram vitimizados, todo o seu tom - já a partir do título: “No Egito, Aumenta a Tensão entre Cristãos e Muçulmanos” - sugere que também poderiam facilmente ser encontrados exemplos de muçulmanos vitimizados por cristãos [o que não é verdade]. A foto que acompanha o artigo é de um grupo de cristãos irados, levantando uma cruz - e não de muçulmanos destruindo cruzes, que foi o que induziu os cristãos a tais demonstrações de solidariedade.
Duas outras estratégias da grande mídia em esconder ou minimizar o papel do islamismo - estratégias com as quais o leitor deve se familiarizar - apareceram em reportagens tratando do grupo jihadista Boko Haram e do genocídio praticado por ele contra cristãos da Nigéria.
Primeiro, vamos apresentar algum contexto: Boko Haram - acrônimo de “Educação Ocidental é Pecado”, cujo nome completo em árabe é “Sunitas pela Da'wa [Islamização] e pela Jihad [Guerra Santa]” - é uma organização terrorista dedicada à destruição do governo secular e ao estabelecimento da sharia (lei islâmica). Essa organização tem chacinado cristãos há anos, com uma ênfase maior desde o atentado a uma igreja no Dia de Natal de 2011, que deixou pelo menos 40 cristãos mortos; seguido pelo ultimato do Ano Novo, exigindo que todos os cristãos evacuassem as regiões do Norte da Nigéria para não serem mortos - um ultimato que o Boko Haram tem procurado alcançar por todos os meios: dificilmente se passa um dia sem um ataque terrorista contra os cristãos ou contra uma igreja cristã; mais recentemente no dia da Páscoa, num atentado que deixou 20 mortos.

Obscurecendo a linha entre perseguidor e vítima

Agora, considere algumas das estratégias da grande mídia. A primeira é estruturar o conflito entre muçulmanos e cristãos de forma que obscureça a linha entre perseguidor e vítima. Foi o que aconteceu, por exemplo, em uma reportagem recente da BBC a respeito de um dos muitos ataques do Boko Haram a igrejas, matando três cristãos, inclusive um bebê. Depois de relatar os fatos mais óbvios em duas sentenças, a reportagem continuou descrevendo como “o atentado deu início a um levante de jovens cristãos, com relatos de que pelo menos dois muçulmanos foram mortos na violência. Os dois homens foram arrancados de suas bicicletas depois de serem parados numa barreira em uma estrada, que havia sido montada pelos amotinados, informou a polícia. Várias lojas de propriedade de muçulmanos também foram queimadas...”. A reportagem segue longamente, com uma seção especial sobre os cristãos “muito enraivecidos”, até que os espectadores acabam confundindo vítimas e perseguidores, esquecendo-se até do motivo pelo qual os cristãos estavam “tão enfurecidos” - ataques terroristas não provocados e ininterruptos a suas igrejas e o assassinato de suas mulheres e filhos.
Esse programa de televisão faz relembrar o atentado que ocorreu na véspera do Ano Novo no Egito, que deixou mais de 20 cristãos mortos: a mídia relatou o caso, mas sob manchetes tais como: “Cristãos em choque com a polícia no Egito depois que o ataque a freqüentadores de uma igreja matou 21 pessoas” (Washington Post), e: “Choques aumentam à medida que egípcios permanecem enfurecidos depois de ataque” (New York Times) - como se a reação de cristãos frustrados contra a chacina fosse uma notícia do mesmo nível ou que tivesse o mesmo valor que a chacina em si, implicando que a reação irada deles “compensou” todas as coisas que haviam acontecido.

Dissimulando a motivação dos perpetradores

A segunda estratégia da mídia envolve dissimular as motivações dos jihadistas. Uma reportagem da Agência France Presse (AFP) descrevendo um outro ataque do Boko Haram a uma igreja - que também matou três cristãos durante o culto de domingo - apresentou um relato justo. Mas, depois, concluiu: “A violência atribuída ao Boko Haram, cujo objetivo permanece amplamente obscuro, já ceifou, desde 2009, mais de 1.000 vidas, inclusive mais de 300 apenas este ano, de acordo com os números registrados pela AFP e grupos de direitos humanos”.
Embora o Boko Haram esteja bradando seus objetivos diretos há uma década - impondo a sharia e subjugando, se não eliminando, os cristãos da Nigéria - a mídia, com aparência de honradez, afirma ignorar quais sejam esses objetivos. (Semelhantemente, o New York Times descreveu os objetivos do Boko Haram como “sem sentido” - apesar do grupo continuar a justificá-los com base na doutrina islâmica). Era de se imaginar que, uma década depois dos ataques jihadistas de 11 de setembro - tendo em vista todas as imagens subseqüentes de muçulmanos vestidos como militantes, gritando claramente slogans islâmicos, tais como “Allahu Akbar!” [Alá é o Maior!] e conclamando à imposição da sharia e à subjugação dos “infiéis”- os repórteres já deveriam saber quais são os objetivos deles.
Logicamente, a maneira como a mídia ofusca os objetivos jihadistas serve a um propósito: ela deixa aberto o caminho para as justificativas politicamente corretas da violência muçulmana, ou seja, “opressão política”, “pobreza”, “frustração” e assim por diante. Assim, pode-se ver por que os políticos, tais como Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos, citam a “pobreza” como “aquilo que está alimentando tudo o que está acontecendo” (uma referência à chacina dos cristãos pelo Boko Haram).
Em resumo, enquanto a grande mídia até relata os fatos mais frugais relacionados à perseguição aos cristãos, ela utiliza seu completo arsenal de jogos semânticos, frases de efeito e omissões convenientes para sustentar a narrativa tradicional - de que a violência dos muçulmanos é tudo menos um produto derivado da doutrinação islâmica da intolerância. (Raymond Ibrahim - www.gatestoneinstitute.orgwww.Beth-Shalom.com.br)
Raymond Ibrahim é associado do David Horowitz Freedom Center (Centro de Liberdade David Horowitz) e membro no Middle East Forum (Fórum do Oriente Médio)
Divulgação: www.juliosevero.com