segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

500 intelectuais islâmicos apoiam assassinato de governador paquistanês que se opôs à lei contra blasfêmia

500 intelectuais islâmicos apoiam assassinato de governador paquistanês que se opôs à lei contra blasfêmia
ISLAMABAD, Paquistão, 5 de janeiro de 2011 (Notícias Pró-Família) — O governador do estado do Punjab, no Paquistão, foi assassinado por um extremista islâmico ontem por denunciar a lei anti-blasfêmia do governo. Em novembro uma mulher cristã, Asia Bibi, foi sentenciada a ser executada sob a lei por ter defendido sua fé contra insultos lançados por muçulmanas no mesmo estado.
Mumtaz Qadri
O governador Salman Taseer levou um tiro de um de seus próprios guardas de segurança, Mumtaz Qadri, de 26 anos, que disse que estava indignado com o fato de que o governador se opunha à lei anti-blasfêmia. Em semanas recentes, extremistas islâmicos têm protestado contra uma proposta do governo de introduzir uma emenda na lei, a qual alega-se tornou-se um instrumento para perseguir minorias religiosas.
Embora o governo do Paquistão tenha denunciado o assassinato, um grupo de 500 intelectuais muçulmanos anunciou uma declaração explícita apoiando o assassinato de Taseer. Durante as audiências iniciais no tribunal, um grande número de apoiadores beijou Qadri e lançou sobre ele uma chuvarada de flores.
“Nós prestamos rico tributo e saudamos a bravura, o heroísmo e a fé de Mumtaz Qadri”, declarou o grupo Jamaat-e-Ahl-e-Sunnat numa declaração anunciada hoje na imprensa. Eles acrescentaram que “não deve haver nenhuma expressão de tristeza ou simpatia pela morte do governador, pois os que apoiam a blasfêmia contra o Profeta [Maomé] estão se entregando a blasfêmias”.
Grupos extremistas islâmicos realizaram uma manifestação nacional para protestar contra um projeto de lei para cancelar a lei anti-blasfêmia, muito embora o partido da situação no Paquistão tenha renunciado aos planos de seguir em frente com isso. Os grupos também exigiram a execução de Bibi, que sofreu detenção em 2009 depois de defender sua fé contra mulheres muçulmanas que ela disse estavam zombando dela por causa do Cristianismo dela. Ela nega ter insultado Maomé.
Embora as autoridades mais elevadas do Paquistão tenham admitido que a sentença contra Asia é injusta, o Supremo Tribunal deu a decisão de que ela não pode ser perdoada até que se finalize o processo de apelações.
Líderes religiosos muçulmanos extremistas ameaçaram organizar protestos em todo o Paquistão contra o governo se Bibi não for executada. Um líder religioso chegou a oferecer uma recompensa de mais de 5.000 dólares pela morte dela. Analistas temem que o conflito poderia desestabilizar ainda mais a única potência nuclear islâmica do mundo, um país que tem um número estimado de 80 armas atômicas.
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Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
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